Juiz torna réus amigos denunciados por morte de jovem encontrada em mata de Goiânia

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara tornou réus por homicídio qualificado, nesta quinta-feira (4), os três amigos de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, encontrada morta após dizer para a mãe que iria se encontrar com eles, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi morta porque uma amiga queria saber se era psicopata e, para isso, precisava matar uma pessoa para avaliar a reação após o crime.

A reportagem não localizou os advogados dos réus para se manifestarem sobre os autos.

Os réus são:

  • Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18 anos, que usa o nome social de Freya;
  • Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, que queria saber se era psicopata;
  • Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos.

O magistrado também converteu a prisão temporária em preventiva, ou seja, eles continuarão presos. Segundo a decisão, as defesas deles têm 10 dias para se pronunciar no processo.

Uma adolescente de 16 anos foi apreendida à época do crime, em agosto deste ano, suspeita de dar uma facada em Ariane e ajudar no homicídio. Por ser menor, o processo criminal contra ela deverá correr na Vara da Infância, caso seja denunciada.

Crime

O corpo da jovem foi encontrado em 31 de agosto em uma mata do Setor Jáo. Antes de desaparecer, Ariane de Oliveira, que tinha 18 anos, disse para a mãe que ia se encontrar com amigos para lanchar.

As investigações da Polícia Civil apontaram que os quatro suspeitos chamaram a vítima para lanchar dizendo que a buscariam em casa e a levariam de volta após o passeio.

No entanto, a corporação apurou que o grupo planejou o crime no dia anterior, tendo feito até uma lista de possíveis alvos e escolhendo Ariane por ela ser pequena e, teoricamente, fácil de segurar caso resistisse.

O delegado Marcos Gomes explicou como o grupo se organizou para cometer o crime dentro de um carro:

  • Jeferson ficou responsável por levar o carro, forrar o porta-malas com sacos de lixo (para levar o corpo até o local onde ele seria deixado) e providenciar as facas;
  • Eles colocaram uma música sobre homicídio para tocar durante o passeio e, em um dado momento, o motorista estalou os dedos, o que a Polícia Civil descobriu que era a indicação para Ariane ser morta;
  • Segundo o delegado, primeiro Enzo enforcou a vítima, depois ela foi esfaqueada – a suspeita é de que a adolescente deu o primeiro golpe e Raíssa o segundo;
  • As investigações apontaram que, em seguida, o corpo da vítima foi colocado no porta-malas do carro e deixado em uma mata – Jeferson foi flagrado caminhando pela região na noite do crime.
  • Ainda de acordo com as investigações, o grupo saiu para lanchar logo após o crime e depois continuou convivendo normalmente, inclusive fazendo publicações em redes sociais.

 

Fonte:G1

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