Marido se torna réu após confessar ter matado esteticista durante briga por causa de dívida de R$ 13 mil

Reginaldo Nunes, marido da esteticista Juscélia de Jesus Silva, que confessou em depoimento que matou a esposa em casa durante uma briga por causa de dívidas de R$ 13 mil com um banco, se tornou réu. Além de aceitar a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), a Justiça ainda acatou pedidos e decretou a prisão preventiva dele e também a solicitação para que o corpo da vítima seja exumado.

A mulher ficou desaparecida de 14 a 20 de fevereiro deste ano. A Guarda Civil de Abadia de Goiás encontrou Juscelia nua e enrolada em um saco plástico preto às margens da GO-469, na Região Metropolitana da capital. A Polícia Técnico-Científica fez a identificação pelas digitais dos dedos.

Inicialmente, a Polícia Civil começou a investigar o desaparecimento, mas, depois que o corpo foi encontrado, o caso foi transferido para a Delegacia de Homicídios (DIH).

Juscelia é natural de Riacho de Santana, na Bahia, mas morava em Goiânia com o marido há 17 anos e tem uma filha de nove anos.

Denúncia do MP

O crime foi denunciado pelo promotor de Justiça José Carlos Miranda Nery Júnior na 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri.

O réu é acusado de homicídio qualificado, com as seguintes qualificadoras: por motivo torpe, com emprego de asfixia, fazendo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição de sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar. Reginaldo também foi denunciado pela ocultação do cadáver da vítima.

‘Sumiu’ após sair para entrevista de emprego

Inicialmente, família de Juscélia de Jesus Silva, de 32 anos, pediu ajuda para encontrá-la, dizendo que ela tinha desaparecido após sair de casa para ir a uma entrevista de emprego, em Goiânia. Os parentes e amigos chegaram a fazer um mutirão para procurar por ela.

O próprio marido de Juscélia disse, em entrevista concedida antes de o corpo ser achado, que a mulher teria mandado mensagem avisando que voltaria para casa com motorista de aplicativo (veja imagem acima).

Contudo, logo após o corpo ser achado, a delegada Ana Paula Machado, do Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID), disse que a Polícia Civil já tinha descartado que Juscelia tenha pedido um carro de app para voltar para casa. Além disso, a PC acredita que ela não tenha chegado a concorrer a nenhuma vaga de emprego.

“É pouco provável que ela tenha participado de qualquer entrevista de emprego. Nós visitamos vários locais onde ela poderia ter ido para se candidatar a essa vaga, mas nada foi confirmado. Nós também confirmamos que ela não fez uma viagem pelo aplicativo da Uber, conforme noticiado pela família”, disse.

Segundo a delegada, há indícios que mostram que ela foi morta com violência, já que o corpo da mulher foi achado enrolado em um saco plástico preto e ela estava nua.

Mensagens

Em 14 de fevereiro, dia que Juscelia desapareceu, uma amiga dela contou que recebeu uma mensagem em que ela reclamava de dor de cabeça e disse que iria ao médico depois da entrevista em uma clínica de estética.

Logo depois, o marido dela, Reginaldo Moura, disse que recebeu uma última mensagem em que Juscelia pedia dinheiro para pedir um carro de aplicativo. Depois disso, ela não respondeu mais mensagens e não foi mais vista.

Fonte:G1

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