Morto após tentativa de estupro em sexshop tinha passagens pelo crime

Apontado como autor de uma tentativa de estupro ocorrida dentro de um sexshop na tarde dessa quinta-feira (10/3), no Riacho Fundo II, Jefferson Ribeiro Dias, de 34 anos, acumulava dois inquéritos na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) pela prática do crime. O homem acabou morto após ser imoblizado por moradores da região, que impediram que o ataque sexual fosse consumado.

O primeiro crime registrado contra Jefferson, em 2016, ocorreu na região do Gama. Já o segundo, em 2018, foi registrado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam II).

Jefferson era vigilante, mas estava afastado das funções devido à dependência em cocaína. Porém, segundo a família, mesmo após usar a droga, ele nunca havia agredido ninguém. Jefferson sofreu uma parada cardiopulmonar e morreu após ser espancado moradores que passavam pelo local e presenciaram a tentativa de abuso.

Segundo a irmã do suspeito, ela e a mãe, de 72 anos, também foram agredidas na tentativa de intervir no espancamento.

“Ele era usuário havia seis anos, mas era pessoa tranquila, nunca havia agredido ninguém e nem a família”, revela a irmã, Amanda Ribeiro Dias Silva, 26. Segundo ela, sempre que Jefferson fazia uso da droga, apresentava síndrome do pânico. “Tanto que ele não reagiu”, expõe.

Jefferson morava com os pais e as irmãs. Nessa quinta, ele havia saído de casa pela manhã para uma consulta no Centro de Atenção Psicossocial (Caps). “Ele saiu de casa cedo para ir numa consulta. Deu 13h e ficamos preocupados, pois ele não tinha chegado ainda. Foi então que uma moça me ligou desesperada falando que ele estava sendo espancado pela população”, explica a familiar.

Ao chegar no local, Amanda conta que ela e a mãe também foram agredidas. “Presenciei cenas cruéis contra minha mãe. Teve um rapaz que começou a dar pesada na minha mãe, também levei vários murros”, conta.

“Não respeitaram o momento da nossa dor. Ele já estava desacordado e um rapaz ficou com o joelho em cima do pescoço dele. Mandou sairmos e falou que ele estava muito bem. Meu irmão era uma pessoa humilde. Foi uma morte com muita crueldade. Ele não precisava daquilo, espancaram até a morte. É uma dor que não vai passar nunca. Nada justifica”, lamenta Amanda.

Até a última atualização desta reportagem, o Metrópoles não havia conseguido localizar o homem que imobilizou Jefferson com um dos joelhos sobre o pescoço.

O caso é investigado pela 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo I).

 

Fonte:Metrópoles

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