Temer critica ‘gestos extremamente irresponsáveis’ de ‘gente disposta a desestabilizar o país’

O presidente Michel Temer criticou nesta segunda-feira (2), em evento em São Paulo, o que chamou de “gestos extremamente irresponsáveis” de “gente disposta a desestabilizar o país”. A declaração foi dada durante o Fórum Econômico Brasil-Países Árabes.

No discurso, Temer não especificou a quem estava se referindo. O emedebista não mencionou as prisões de seus amigos na Operação Skala, deflagrada na quinta-feira (29) pela Polícia Federal, e não citou as duas denúncias apresentadas contra ele pela Procuradoria Geral da República (PGR) em 2017. Ambas tiveram o prosseguimento barrado pela Câmara dos Deputados.

“Nesses quase dois anos de governo não foram poucos os embaraços e as oposições que nós sofremos, até gente disposta a desestabilizar o país com gestos extremamente irresponsáveis, que têm naturalmente repercussão internacional”, declarou o presidente.

“As pessoas que agem dessa maneira não se apercebem, ou seja, não sentem a brasilidade no seu coração, porque sabem que gestos desta natureza comprometem, criam problemas nos aspectos internacionais”, completou.

A operação Skala, que investiga irregularidades no setor de portos, resultou nas prisões temporárias de dois amigos do presidente – o advogado José Yunes, ex-assessor especial da Presidência da República, e João Baptista Lima Filho, coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo. Os dois e outros 8 investigados foram soltos no sábado (31) por decisão judicial.

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, relator do inquérito que investiga se Temer, por meio de decreto, beneficiou empresas do setor portuário em troca de suposto recebimento de propina. O presidente nega qualquer irregularidade.

Mais cedo, em Brasília, na solenidade de posse dos novos ministros dos Transportes e da Saúde, Temer ressaltou que as liberdades individuais devem ser respeitadas.

“Queremos enfatizar o tema das liberdades individuais, do devido processo legal, da obediência estreitíssima aos termos da Constituição”, afirmou.

Fonte: G1

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