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Um jovem de 24 anos foi preso suspeito de furtar o cartão de crédito da mãe da namorada, uma promotora de Justiça em Goiânia, e gastar pelo menos R$ 40 mil no período de três meses. Segundo a Polícia Civil, ele se relacionava com a filha da vítima havia cerca de um ano, após se conhecerem em redes sociais, e tinha conquistado a confiança da família.
O rapaz, identificado como João Carlos Ribeiro Leite, confessou à corporação o crime e se disse arrependido. Até as 16h30 desta terça-feira (24) ele ainda não tinha advogado.
Responsável pelas investigações, o delegado Ivaldo Mendonça disse que, após começar a frequentar a casa da promotora, o jovem descobriu a senha do cartão que ficava à disposição para os outros membros da família e se aproveitou de “descuidos” para pegá-lo algumas vezes. As primeiras compras eram “pequenas”, geralmente lanches.
Entre dezembro e março, porém, o valor começou a chamar atenção. O rapaz, conta Ivaldo, passou a ter uma “vida de playboy” com o dinheiro da sogra.
“Ele foi vendo que dava certo e foi aumentando, comprando coisas mais caras. Ele comprou coisa demais. Teve jogos de videogame, equipamentos para notebook, acessórios para celular, uma televisão. Depois, passou a achar mais vantajoso só pegar o dinheiro”, disse o delegado.
Também foram adquiridos tênis e até um ferro de passar roupas, com garantia estendida no nome do suspeito, com o cartão da promotora.
O jovem procurou então um vizinho, dono de uma loja de acessórios celulares na Chácara do Governador, e passou a simular compras no estabelecimento. O dinheiro era dividido entre os dois.
“Passava quantias incompatíveis com o que se pode comprar nessa loja”, explica Ivaldo. “Em um só dia, chegaram a passar o cartão cinco vezes.”
Os custos chamaram a atenção da promotora, que procurou a Delegacia Estadual de Investigação Criminal (Deic). A suspeita era de que o cartão tivesse sido furtado e o ladrão o usasse em compras. Durante as investigações, a polícia localizou imagens de circuito de segurança de lojas de momentos em que João Carlos fazia compras.
“Foi uma surpresa para a família, que realmente não esperava, não desconfiava dele. Serve até para alertar as pessoas para ter muito cuidado quando a gente conhece alguém por redes sociais”, completou o delegado.
João Carlos e o vizinho, identificado como Renato Dias, de 27 anos, foram presos nesta segunda-feira (23). O colega nega o crime, mas a polícia diz ter elementos suficientes de que ele também atuou nos furtos.
Os homens vão responder por furto qualificado pelo abuso de confiança, fraude e concurso de pessoas, praticado de forma continuada. Se condenados, podem pegar até 13 anos de prisão.
O delegado informou que João Carlos não tem antecedentes criminais. Já Renato tem passagens por receptação, lesão corporal, dano ao patrimônio e furto, entre outros crimes, disse Ivaldo.
Fonte: G1