Governo pode transferir dinheiro de ministérios para intervenção no Rio

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta (21) que, além de usar os recursos que devem ser obtidos com a reoneração da folha de pagamento, o governo pode custear a intervenção federal no Rio de Janeiro com dinheiro realocado de outros ministérios e com emissão de dívida.

Ele falou a jornalistas após participar de evento do Banco do Brasil em São Paulo.

“O governo, para aportar recursos, tem três alternativas: tirar recursos de outras áreas; coletar mais impostos, e aí a única coisa que estamos falando é a correção dessa distorção que é a reoneração da folha; e o endividamento”, disse.

Meirelles disse que a Secretaria de Orçamento está fazendo uma análise detalhada sobre as possibilidades e que a decisão deve ser tomada nos próximos dias. Ele reforçou, porém, que o teto de gastos impede o aumento descontrolado das despesas do governo.

“Levando em conta tudo isso é que vamos estabelecer essa equação da fonte de receita, mas também de realocações de outros ministérios e outras áreas do governo não só para o Ministério da Segurança como também para a intervenção no Rio de Janeiro”, afirmou.

R$ 1 bi para a intervenção

No domingo (18), o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou que a União vai destinar cerca de R$ 1 bilhão para a intervenção no Rio de Janeiro e para o recém-criado Ministério da Segurança Pública.

Segundo Oliveira, a liberação do dinheiro será feita por meio de uma medida provisória, que tem vigência imediata, mas depois precisa ser analisada pelo Congresso em até 120 dias.

Uso de reoneração

Na segunda-feira (19), Meirelles havia confirmado em entrevista à Rádio CBN que o governo federal poderia usar recursos obtidos com a reoneração da folha de pagamento para custear a intervenção federal no Rio de Janeiro.

“Aguardamos que seja aprovado o projeto (da reoneração da folha) para gerar fonte de recusos inclusive para a segurança do Rio de Janeiro”, afirmou.

Fonte: G1

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