Homem agredido por PM durante abordagem morre após 2 meses internado em Goiânia, diz família

O auxiliar de serviços gerais Harison Inácio dos Reis, de 33 anos, que foi agredido por um policial militar segundo a família, morreu na quinta-feira (8), após dois meses internado em Goiânia. Parentes contam que ele recebeu vários socos e chutes na cabeça durante uma abordagem após discutir com a esposa em Palmeiras de Goiás, oeste do estado.

“É um sentimento de culpa, de revolta. Eu não chamei a polícia para matar meu marido, eu chamei para acalmar”, disse a viúva de Harison, Keury Cristina Cordeiro da Silva.

Em nota, a Polícia Militar informou que abriu um inquérito militar, afastou o PM das atividades na rua e transferiu o policial para outra cidade. “A Polícia Militar reitera que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e que o caso está sendo apurado com o rigor devido”, afirma o comunicado.

g1 entrou em contato com as assessorias da Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública às 8h45 desta sexta-feira (9) para saber como ficam as investigações com a morte do auxiliar de serviços gerais, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

A agressão aconteceu no dia 2 de julho. Harison e Keury estavam em casa bebendo cerveja e começaram a discutir. A dona de casa conta que o marido não foi violento, mas estava nervoso. Assustada, chamou uma viatura da PM.

Quando os policiais chegaram, ela foi conversar com um deles. Harison se dirigiu ao outro militar e, segundo a viúva, começou a ser agredido sem ter demonstrado agressividade ou falado nada.

“Foi muito tapa, soco e chute na cabeça. Quando eu vi a cabeça dele sangrando, eu gritava para parar. Pedi para chamar o socorro, mas o policial disse que ninguém morria por causa disso. Só depois de gritar muito que ele chamou a ambulância”, contou Keury.

O homem foi socorrido e levado para uma unidade de saúde de Palmeiras de Goiás. Depois, Harison foi transferido para o Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), onde ficou internado até falecer.

O pai dele, o motorista Valdir Serafim, está indignado com a situação. “A consequência da morte foram as agressões físicas que ele sofreu, não tenho dúvida”, disse.

Fonte:G1

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