Jovem que foi torturada por amigas na adolescência viraliza na internet após compartilhar trauma que viveu

Seis anos depois de ser torturada por quatro amigas, a jovem Rhailla Maielly Ferreira Kloh, de 20 anos, viralizou na internet após perfis compartilharem sobre o trauma que ela viveu na adolescência (vídeo baixo). O crime aconteceu em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, em 2016.

“Assim como toda menina na flor da idade tem amigas, eu também tinha. Para mim eram amizades saudáveis, não imaginava que fariam isso, que tinham inveja ou algo assim em relação a mim”, começa a contar.

À época, Rhailla tinha 14 anos. Ela foi agredida por 4 horas com um facão e pedaços de madeira e chegou a ser jogada em uma cova feita pelas menores, que tinham entre 13 e 16 anos.

Hoje, a jovem é influenciadora digital, tem milhares de seguidores e um dos vídeos onde ela conta parte da sua história já conta com quase 2 milhões de acessos no YouTube.

A publicação acima foi feita pela influenciadora e estudante pernambucana Giulia Carvalho, famosa no Tik Tok por narrar histórias de crimes, e já conta com mais de 3,5 milhões de reproduções.

Por causa do crime, as menores foram condenadas a 3 anos de internação por ato infracional, mas cumpriram apenas 1 ano da pena, já que a Justiça determinou a medida. Os nomes delas não foram divulgados por conta das idades, por isso o g1 não conseguiu localizar as defesas até a última atualização desta reportagem.

Como tudo aconteceu

“Fui convidada para ir à festinha de aniversário de uma delas. Ao chegar lá, não tinha ninguém, voltei para casa e minha mãe estava trabalhando. Comecei a conversar com uma amiga, de repente, chegou outra amiga correndo e fechou o portão e começou a me agredir”, conta Rhailla.

A jovem conta que, outra ‘amiga’ também chegou ao local, começou a bater nela, a amarrou e a jogou em uma cova. Apesar do trauma, ela conta com detalhes de como ficou ferida e de como conseguiu fugir do local.

“Elas planejaram minha morte por 1 mês e frequentavam minha casa. Uma gravou, duas me batiam e a quarta iria me matar, ela só não chegou antes porque o ônibus dela atrasou. Mesmo assim, as outras decidiram me dar uma facada”, conta a jovem.

Com uma faca cravada no ombro e correndo o risco de hemorragia, Rhailla conseguiu se livrar da morte em um momento de distração das meninas. Ela conseguiu pular três muros após subir em uma árvore, mesmo com os pés e as mãos amarradas.

“Pulei os muros com os pés e as mãos amarradas e uma faca no ombro. Elas tentaram me pegar, mas não conseguiram. Uma vizinha me socorreu e, junto com minha mãe, me levou ao hospital”.

Os médicos disseram à família que o caso de Rhailla era muito grave, mas ela conseguiu se recuperar após uma cirurgia. “Ainda sinto meu braço dormente por causa da facada”, disse.

Motivação

Rhailla disse que foi torturada por inveja, já que ela faria uma festa de 15 anos junto com um amigo, que é DJ. O rapaz teria envolvimento com uma das agressoras, o que provocou ciúmes.

Uma das menores apreendidas se indignou porque a vítima conseguiu escapar e disse: “Todo mundo aqui estava com raiva dela. Íamos bater nela, ela ia morrer e nós íamos enterrar ela. Só que aí não deu certo porque nós somos frouxas. Nós não damos conta de começar o serviço e terminar” (veja acima).

Rhailla ainda contou que chegou a ter contato com três das meninas que a agrediu. Contou que uma delas, a que gravou a ação, pediu desculpas, mas que as outras disseram se arrepender de não ter a matado.

“Na época foi muito difícil, principalmente com as pessoas tirando conclusões erradas, mas Deus agiu na minha vida. Não sei como tive forças para me recuperar”, pontuou Rhailla.

Fonte:G1

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