Juiz manda a júri popular policial militar acusado de matar jovem a tiros durante festa em Senador Canedo

A Justiça de Goiás mandou a júri popular o policial militar Lucas Elias da Costa, acusado de matar há 3 anos João Vitor Pereira Neves, de 18 anos, em uma festa em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia.

g1 entrou em contato com a defesa do policial, por telefone, às 8h50 desta quinta-feira (30), e aguarda um posicionamento diante do caso. O réu responde pelo crime em liberdade.

A decisão foi dada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no sábado (25). Conforme o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), como ainda cabe recurso, a data do julgamento ainda não foi marcada.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar, por e-mail e por mensagem de texto, às 8h20 desta quinta-feira, a fim de saber se o agente foi afastado das funções e qual o posicionamento da corporação diante do caso, e aguarda retorno.

O crime aconteceu no dia 25 de agosto de 2018, no bairro Vila Matinha. Segundo as investigações, o agente não estava trabalhando no momento do crime e alegou legítima defesa. Ele ainda estava em treinamento na corporação da PM.

Na decisão, o juiz deixou explica que, com todas as provas e laudos que foram apresentados, não há necessidade de um adiamento do julgamento.
CRIME

Segundo a investigação concluída pela Polícia Civil e que consta na decisão, o policial foi convidado para ir a uma casa de festas com os amigos. Ao chegarem no local, suspeitaram que alguns homens fossem criminosos. O agente saiu do evento e abordou o jovem que estava com um colega, eles tentaram correr, momento em que o policial disparou duas vezes contra João Vitor.

Ainda de acordo com o documento, a vítima ainda conseguiu correr alguns metros, mas caiu e morreu no local. No carro em que João Vitor estava não foi encontrado nenhum produto de crime.

No mesmo ano da morte, a família de João Victor chegou a fazer um ato pedindo por justiça diante do caso. Irmã da vítima, a auxiliar administrativa Talita Campos Neves, de 25 anos, se revoltou ao ver o suspeito em liberdade.

“O injustiçado neste momento é meu irmão que não pode acordar para ir trabalhar, pois está morto”, disse a irmã.

DEPOIMENTO

Conforme consta na decisão, ao ser interrogado, o policial afirmou ser o autor dos tiros, porém alegou que agiu em legítima defesa, já que disparou quando a vítima foi na direção dele. Porém, o juiz informou que as alegações não tinham elementos suficientes para que ele fosse absolvido, já que a vítima foi atingida pelas costas.

“Caberá aos jurados deliberarem sobre o reconhecimento ou não desta tese”, disse o magistrado na decisão.

Fonte: G1

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