Laudo descarta insanidade mental de amigos acusados de matar jovem encontrada em mata de Goiânia

Os exames psicológicos feitos nos três acusados de matar a amiga Ariane Bárbara Laureano descartaram quadro de insanidade mental. Pelo contrário, os psicológos e psiquiatras da junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás esclareceram que eles são capazes de entender os próprios atos (veja relatos dos peritos sobre cada réu abaixo).

Não foi localizado os advogados dos réus para se manifestarem sobre os exames.

As avaliações psicológicas mostram que eles têm em comum o perfil de transtorno de personalidade. Durante os exames, os peritos destacaram que os três apresentaram “ânimo frio” ao narrar a morte de Ariane Bárbara, em Goiânia.

A jovem tinha 18 anos quando foi morta e abandonada numa mata do setor Jaó, em agosto de 2021, pelos amigos Enzo Jacomini Carneiro Matos, vulgo Freya, Raíssa Borges Nunes e Jeferson Cavalcante Rodrigues (veja detalhes do crime abaixo).

Segundo a Polícia Civil, a jovem foi morta porque Raíssa Borges queria saber se era psicopata e, para isso, precisava matar uma pessoa para avaliar a própria reação após o crime.

Uma adolescente de 16 anos foi apreendida à época do crime suspeita de dar uma facada em Ariane e ajudar no homicídio. Por ser menor, o processo criminal contra ela corre na Vara da Infância em segredo de justiça.

Veja relatos dos peritos sobre cada réu:

  • Raíssa Nunes Borges: humor frio, sem afetividade. Era plenamente capaz de entender e determinar-se sobre seus atos. O exame foi realizado em 22 de março de 2022, na junta médica do TJ-GO.
  • Enzo Jacomini Carneiro Matos (Freya): fria de ânimo, não demonstrando arrependimento dos seus atos. Exame feito em 14 de março de 2022, na junta médica.
  • Jeferson Cavalcante Rodrigues: frio de ânimo, não demonstra sinal de ansiedade ou desconforto ao narrar todos os fatos. Exame feito em 26 de abril de 2022, na junta médica.

Crime

O corpo da jovem foi encontrado em 31 de agosto de 2021 em uma mata do Setor Jáo. Antes de desaparecer, Ariane de Oliveira disse para a mãe que ia se encontrar com os três amigos para lanchar.

As investigações da Polícia Civil apontaram que os quatro suspeitos, incluindo a adolescente, chamaram a vítima para lanchar dizendo que a buscariam em casa e a levariam de volta após o passeio.

No entanto, a corporação apurou que o grupo planejou o crime no dia anterior, tendo feito até uma lista de possíveis alvos e escolhendo Ariane por ela ser pequena e, teoricamente, fácil de segurar caso resistisse.

O delegado Marcos Gomes explicou como o grupo se organizou para cometer o crime dentro de um carro:

  • Jeferson ficou responsável por levar o carro, forrar o porta-malas com sacos de lixo (para levar o corpo até o local onde ele seria deixado) e providenciar as facas;
  • Eles colocaram uma música sobre homicídio para tocar durante o passeio e, em um dado momento, o motorista estalou os dedos, o que a Polícia Civil descobriu que era a indicação para Ariane ser morta;
  • Segundo o delegado, primeiro Enzo enforcou a vítima, depois ela foi esfaqueada – a suspeita é de que a adolescente deu o primeiro golpe e Raíssa o segundo;
  • As investigações apontaram que, em seguida, o corpo da vítima foi colocado no porta-malas do carro e deixado em uma mata – Jeferson foi flagrado caminhando pela região na noite do crime.
  • Ainda de acordo com as investigações, o grupo saiu para lanchar logo após o crime e depois continuou convivendo normalmente, inclusive fazendo publicações em redes sociais.

Fonte:G1

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