Moradora de rua de Goiânia, cadeirante sonha em reencontrar os filhos: ‘Quero saber como eles estão’

Uma moradora de rua, cadeirante, de 46 anos, sonha em poder reencontrar os três filhos, em Goiânia. Deusirene Alves de Azevedo conta que perdeu o contato com os filhos depois que eles foram colocados sob a tutela da Justiça, quando eles ainda eram pequenos, já que ela não tinha condições de sustenta-los. Sem conseguir emprego, ela mora na rua há 15 anos.

Deusirene teve duas meninas e um menino. Ela afirma que as filhas se mudaram para Maceió, e o filho, com quem tinha contato até a seis meses atrás, foi para Nerópolis em busca de emprego. “Eu quero saber como é que eles estão, se eles estão bem, quero saber onde eles estão. Achem meus filhos! Ele [o filho] nunca ficou sem dar notícia para mim. Se eu estivesse com eles eu não estava assim não”.

“Eu não faço nada de errado com ninguém. Eu tenho vontade de sair da rua”, disse Deusirene.

A mulher nasceu em Goiânia. Atualmente, Deusirene mora debaixo dos viadutos da Marginal Botafogo. Ela afirma que foi parar na cadeira de rodas depois que foi atropelada enquanto dormia na porta de um banco na capital.

“A mulher chegou para entrar e passou por cima do meu pé, eu estava dormindo. Ela passou por cima do meu pé e saiu me arrastando para dentro da garagem”, contou.

Mulher especial

Sem trabalhar, e sem receber qualquer tipo de benefício social, Deusirene vive da ajuda de pessoas que cotidianamente passam pelo viaduto onde ela mora. Entre os anjos da vida da cadeirante está a microempreendedora Kenny Rose, que, sempre que pode, ajuda a mulher, que considera “especial” na vida dela.

“Direto ela fica aqui, e eu gosto muito dela. Ela conversa bem, é uma pessoa muito boa. Quem me dera se eu pudesse fazer muita coisa por ela”, disse.

O entregador Leandro Cordoval conta que a via todos os dias no viaduto, e um dia resolveu levar almoço para ela, já que percebia que ela não estava se alimentando bem.

“Eu vejo ela aqui todos os dias. Aí eu falei, vou passar lá e levar um almoço para ela, porque a gente não sabe o que que a pessoa tem para comer todo dia. Às vezes não tem nada”, revelou.

Fonte: G1

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