Profissionais da enfermagem protestam em Goiás contra a suspensão da lei que criava piso salarial

Nesta quarta-feira (21), profissionais da enfermagem protestaram em GoiâniaAnápolis e Santa Terezinha de Goiás contra a suspensão da lei que criava o piso salarial da categoria. Segundo Edna de Souza, presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Coren-GO), a categoria reinvidica que a lei seja cumprida.

“Não queremos aumento de salário, queremos o cumprimento do piso salarial urgente. É uma categoria que está na linha de frente da sociedade em todo o momento, do nascimento ao óbito. Lutamos para que o nosso piso seja efetivado há cerca de 4 décadas”, explicou.

Na manhã desta quarta-feira, em Goiânia, os profissionais se reuniram na frente do Hospital Estadual Governador Otávio Lage (Hugol). Em Santa Terezinha de Goiás, os profissionais percorreram a principal avenida da cidade. Já em Anápolis, a concentração partiu de unidades de saúde até a Praça Dom Emanuel, como explicou a técnica de enfermagem Glaucia Oliveira.

“Queremos reivindicar o piso salarial, que não é compatível com o mercado pelo tanto que trabalhamos. Temos esse direito. Estamos aqui para reinvidicar, não só a classe da enfermagem, mas contamos com o apoio da população”, falou.

No dia 15 deste mês, O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a suspensão da lei que criou o piso salarial dos profissionais. O julgamento seguiu a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, no início de setembro, atendendo a uma ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).

Ao g1, a presidente do Coren Goiás explicou que a paralisação é uma “luta de paz”, feita de forma respeitosa. Edna completou ainda que o Conselho não defende uma possível greve.

“Essa paralisação é nacional para mostrar a importância desses profissionais. Orientamos todos que não deixem de atender as demandas de urgência e emergência e garantimos os 30% dentro do servindo nas UTI’s”, completou.

Entenda

A lei que fixava pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi aprovada em julho pelo Congresso e sancionada em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

No entanto, a suspensão permanece até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.

Os pisos estabelecidos pela lei são:

  • enfermeiros: R$ 4.750
  • técnicos de enfermagem: 70% do piso, chegando a R$ 3.325
  • auxiliares e parteiras: 50% do valor, R$ 2.375

Fonte:G1

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