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Engenheiro florestal da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Léo Lince do Carmo Almeida afirma que garantir a boa disponibilidade dos recursos hídricos de uma propriedade rural é também uma forma de tornar a produção mais rentável. O especialista aborda o tema em uma palestra durante a Tecnoshow de 2018, que acontece entre os dias 9 e 13 de abril, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás.
“Se o produtor tem uma nascente preservada e um solo em bom estado, ele também terá uma produção com melhores condições de irrigação e absorção dessa água. O mesmo vale para pecuária: o pasto vai crescer melhor para o gado e, consequentemente, a produção vai ser mais rentável”, esclareceu.
Léo Almeida, que trabalha na Emater de Goiânia, explica que a recuperação de nascentes tem sido um serviço procurado pelos agropecuaristas para garantir a sustentabilidade das propriedades. O trabalho tem se tornado mais frequente à medida que os agropecuaristas sentem os efeitos da falta de água nas terras.
“Antes, quando havia água em abundância, os produtores não se preocupavam tanto, mas agora, por causa da degradação do meio ambiente, estamos vivendo uma grande crise hídrica. Vendo os estragos, muitos produtores estão se atentando para as nascentes e procurando essa recuperação”, afirmou.
Segundo o engenheiro florestal, equipes especializadas nessa recuperação vão até a propriedade, avaliam os danos e propõe uma série de ações para recuperação. Entre as estratégias estão o reforço de matas ciliares, arborização dos leitos e criação de curvas de nível.
“Fazemos também o projeto na conservação do solo para que ele consiga conservar a água, se mantendo úmido, dando condições para o crescimento do capim, por exemplo. Consequentemente, aumentando a produtividade”, acrescentou.
O especialista disse ainda que a equipe que faz a avaliação e a recuperação da nascente também oferece dicas de como procurar fundos para o produtor rural custear o serviço. Segundo Léo, muitos conseguem arcar com o investimento, mas aqueles que não têm condições podem procurar programas das prefeituras, estado e até empresas privadas.
Fonte: G1