Tebet garante ajuste do mínimo em 2024, mas não fala em valor

Nesta segunda-feira (17), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, se pronunciou sobre o reajuste do salário mínimo. De acordo com o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado na última sexta (14) ao Congresso Nacional, o piso salarial em 2024 será de R$ 1.389.

Vale ressaltar que, neste ano, o salário mínimo está em R$ 1.320. O aumento previsto pelo governo para o próximo é de R$ 69.

De acordo com a pasta, o valor considera apenas a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) projetado para o exercício atual (5,16%). No entanto, a ministra garante que haverá “aumento real”, porém, não citou valores, pois afirma que o reajuste dependerá da aprovação do novo arcabouço fiscal.

– Colocamos na LDO aquilo determinado pela Constituição: salário mínimo mais inflação para que não haja perda. Mas é óbvio que não há a menor chance de o presidente no ano que vem não dar aumento real do salário mínimo. Ele virá não só com o aumento da inflação, mas com o percentual permitido pelo espaço fiscal. O aumento vai ser real. O quanto vai depender da aprovação do novo arcabouço fiscal e de que forma fizermos o incremento de receitas de um lado e o corte de despesas de outro – afirmou.

AUMENTO IRRISÓRIO, DIZ SENADOR

reajuste não agradou ao senador Rodrigo Cunha (União Brasil-AL). O parlamentar criticou o valor previsto para o salário mínimo na LDO e afirmou que “não se pode aceitar um reajuste tão pequeno, um aumento tão irrisório” para o benefício.

– Eu entendo o esforço da equipe econômica para garantir a estabilidade fiscal do país. Mas, para além da visão dos tecnocratas e burocratas, a verdade é que o povo está passando fome. Vamos falar na prática, sem “arrodeio”: em Maceió somente um botijão de gás custa em média R$ 120. Ou seja, quase 10% do valor do suposto novo mínimo a ser pago em 2024. E comida, energia, água, roupa? Como que o trabalhador vai comprar? Como a maioria que ganha salário mínimo vai sobreviver? – questionou o senador.

E continuou:

– O mínimo tem que ter aumento real, acima da inflação. Somente repor a inflação oficial é muito, muito pouco — defendeu Rodrigo Cunha.

*Com informações da Agência Senado

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