Marido acusado de matar esposa ao jogá-la do 10º andar de prédio enfrenta júri popular

O corretor de imóveis Renato Oliveira de Souza, de 36 anos, acusado de matar a esposa em 2009 jogando-a da janela do apartamento no 10º andar onde moravam, é julgado na manhã desta quinta-feira (17) em Goiânia. Segundo a acusação, o objetivo do réu era simular o suicídio da estudante Juliana Brandão Lourinho, de 29 anos, após uma discussão entre o casal. Ele nega o crime.

Na época, Renato chegou a ficar um mês preso, mas foi solto e responde em liberdade desde então. Segundo o processo, os pais de Renato Nelson Rodrigues Souza e Noêmia Marinho de Oliveira, que moravam no andar de baixo do edifício, no Setor Bela Vista foram acusados de alterar a cena do crime. Porém, como o crime prescreveu, eles não foram julgados.

O júri acontece na 3ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida e é presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Renato responde por homicídio qualificado por impossibilitar a defesa da vítima.

O crime foi cometido no dia 22 de outubro de 2009. O júri é formado por cinco homens e duas mulheres. De acordo com o magistrado, o casal teve uma discussão antes do homicídio.

“Conforme a denúncia, eles tinham um relacionamento bastante conturbado e com muitas brigas. No dia do fato, Renato chegou e arrombou a porta. Por algum motivo que ainda não se sabe, o casal brigou e ele a agrediu até que ela desmaiou. Em seguida, ele cortou a tela de proteção e a jogou”, afirma o juiz.

Réu nega

Renato negou ter matado a mulher e disse que ela se jogou após os dois usarem crack. Eles namoraram há apenas três meses e ficaram dois meses casados após se conhecerem em um grupo para narcóticos anônimos, em Brasília. Depois, eles se mudaram para Goiânia para começar “uma vida nova”.

“Nunca, jamais [mataria ela]. Tivemos uma recaída naquele dia e usamos drogas a tarde inteira. Quando acabou, sai para comprar mais e voltei com uma conhecida nossa para usar de novo. Depois sai de novo com ela para comprar mais, mas resolvi não ir e fiquei no hall fumando maconha. De repente, ouvi um estrondo enorme. Subi até o apartamento e de lá vi que era ela. Desci e segurei a mão dela. Não sei como ela pulou lá de cima. Fiquei em choque”, disse.

Renato afirmou que ele e Juliana tinham um relacionamento normal, apesar do ciúme e das atitudes intempestivas quando usava drogas. Ele afirmou que nunca agrediu a mulher.

“A gente tinha uma relação bacana, estavamos apaixonados, tivemos uma linda lua de mel, os parentes apoiaram. Ela ficava enciumada por causa da faculdade, mas não houve agressão. Em uma mulher não se bate nem com uma flor”, disse.

O promotor de Justiça responsável pelo caso, Agnaldo Tocantins, afirmou que vai pedir a condenação de Renato. “Vizinhos escutaram eles brigando, ela gritando. Ela tinha marcas de agressões. Não vejo como isenta-lo da responsabilidade penal desse caso”, disse.

O advogado de Renato, Asdrubal Carlos Mendanha não quis falar sobre o caso antes do início do julgamento.

Fonte: G1

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